Nova época de Veteranos

Nova época de Veteranos

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

BOAS FESTAS


Que todos os Veteranos do Rugby da Moita passem um bom Natal com a família e amigos e que o ano de 2011 seja no futuro recordado como um bom período da nossa vida.

No plano da nossa Secção de Veteranos todos desejamos e vamos fazer para que seja pleno de bons momentos de convívio.

1 grande abraço a todos e boas festas.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010


Ainda no seguimento do artigo "Pai do Rugby em África" que publicamos neste nosso blog, vem agora o dito cujo esclarecer o que efectivamente se passou, socorrendo-se de um artigo real, publicado no jornal da guerra lá no seu quartel em 1971 (em baixo), relativamente ao episódio da bola de rugby que levou da metrópole e que deu aso a este seu cognome.
Juntamos também 2 fotos da época uma delas do campo onde foi feito o tal 1º treino de rugby na Guiné.
A outra é desse peneirento atrás do General Spínola. Vejam só a pose....!!

LONGE DE PORTUGAL, LONGE DA FAMÍLIA, NA GUERRA COM...RUGBY

Passaram-se 39 anos ( como sou um tão velho veterano ) que escrevi o artigo que segue junto deste post. Agradeço ao meu antigo camarada Miguéis ter-me facultado uma cópia do "jornaleco".
Em Setembro de 1971, estava com onze meses de comissão, e em Agosto tinha estado de férias em Portugal, na Metrópole, como então se dizia. Neste mês de férias, uma das compras que fiz, em Coimbra, foi uma bola de Rugby Adidas, em calfe, o melhor que existia na época, bola que me acompanhou no regresso à Guiné.
Na Guiné, encontrava-me no Leste, num local chamado Saltinho, junto do rio Corubal que era aí atravessado por uma ponte de betão, uma das poucas existentes na colónia. Era (é) um local fantástico, parasidíaco, onde, fora da época das chuvas, praticava-se natação, mas...havia a puta da guerra...um gaijo sentia-a diáriamente...era o arame farpado que rodeava o quartel, eram os bunkers onde se dormia, eram os rebentamentos de metralha que se ouviam, mais longe ou mais perto, eram as operações, eram as emboscadas e as flagelações...o que fazer para desanuviar ? para não ficar completamente maluco ? Uma das actividades muito praticada, era beber, mas beber imoderadamente, de preferência scotch, gin, vodka, enfim bebidas..."medecinais"...destressavam, ajudavam a dormir, e até combatiam a malária/paludismo ( a água tónica que se junta ao gin tem quinino na sua composição). Mas beber também cansa, também esgota...
Foi para diversificar, para quebrar rotinas, que lá nos fins de Agosto, ou princípios de Setembro, do ano de 1971, do século passado, entrei no quartel do Saltinho acompanhado pela tal bola de rugby, comprada quando das minhas férias. Fama de maluco, de apanhado pelo clima, já a tinha, mas parece-me que a partir daquela chegada, os meus camaradas começaram a valorizar, ainda mais, aquelas minhas "qualidades" e até o médico prometeu uma consulta na...psiquiatria.
Na mesma data, os militares da CCAÇ 2701, à qual estava adido ( eu comandava uma unidade africana- PELCAÇNAT 53 ) resolveram lançar o saltitão um "jornaleco" feito a stencil, e do qual segue a página em anexo que introduz o tema do Rugby. Introduzido o tema, bola também havia, marcou-se um treino. Compareceram no treino, militares brancos, muito poucos, militares negros, os que comandava, todos os que estavam operacionais, se o Alferes, eu, dizia que aquilo era bom, eles seguiam-me. O treino foi muito puxado, com alguma dureza...fiquei com um olho negro.
Foi um marco na história! Foi no Saltinho, Guiné-Bissau, em Setembro de 1971, século XX, que houve o primeiro ( e único) treino de rugby. Foi o único porque em Outubro fui transferido para Bambadinca comandar uma companhia de instrução de Milícias, e só voltei ao Saltinho em Março/72, com a guerra a recrusceder, e os "combates" de rugby foram ficando para trás.
Pelo mesmo motivo, os temas que indicava no fim artigo, terem continuação, nunca foram escritos.

PS- Os bonecos que ilustram o artigo são da autoria do Mário Miguéis. Nas fotos juntas vê-se um ângulo do quartel do Saltinho com o R.Corubal ao fundo, e na outra, este veterano, atrás do Gen. Spínola, passando revista a uma Companhia de Milícias em Bambadinca, três meses após o treino ( Dezembro/71).

Cá fica o artigo publicado nesse jornaleco:

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

JANTAR DE NATAL 2010

O 1º jantar jantar de Natal dos Veteranos foi um êxito.
Para além de um boa adesão (26 veteranos) tudo correu bastante bem.
Desde a excelente “PAELLA à KUCITA” preparada pelo colega Mario Coelho, do bom vinho que se bebeu, vindo  das adegas particulares de cada um dos elementos presentes, até ao convívio saudável que se viveu nesse jantar e parece que pela noite fora (e bem fora), tudo foi agradável e convida a repetir-se.
Aliás, a troca de mail’s que se verificou no dia seguinte entre alguns dos veteranos mas com conhecimento de todos, confirma a satisfação pelo encontro e a vontade clara de se repetir  com alguma frequência.
Este é o espirito que esteve no nascimento deste grupo e é o que queremos que se mantenha por muitos anos.
Para quando o próximo jantar e sugestões para a organização?
Deixem sugestões em baixo nos cometários ou madem mail para a nossa caixa de correio electrónico.
Mas movimentemos o nosso BLOG.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

JANTAR DE NATAL

Na próxima 6ª-Feira dia 26 de Novembro, vamos iniciar uma tradição, com a realização do “Jantar de Natal dos Veteranos do Rugby da Moita – 2010”.
Vai ser uma iniciativa para manter no futuro e esperamos que todos estes veteranos o façam juntos em muitos outros Natais.
Este ano a ementa vai ser “PAELLA á KUCITA” que o nosso colega veterano Mario Coelho se prontificou em preparar e será confecionada e servida no salão da sede do clube.
Para as próximas edicções fica já o compromisso de que outros colegas serão responsáveis por organizar este Jantar de Natal, os quais serão nomeados durante o repasto de 6ª-Feira.
Os ingredientes necessários para a confecção da paelha serão adquiridos pelo cozinheiro,  com a ajuda do colega Antº. Luzio,  e posteriormente pagos entre todos durante o jantar.
Relativamente às bebidas, ficou decidido de que cada um dos participantes deveria levar uma garrafa de vinho e de espumante para acompamhar o jantar. Se sobrar vinho ficará guardado para outras oportunidades.

A Comissão

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PAI DO RUGBY EM ÁFRICA

Este nosso blog é um espaço para divulgação do rugby, em especial do dos veteranos.
Privilegiamos, como é natural, temas relacionados com os nossos veteranos e de tudo o que, de uma ou de outra forma, esteja relacionado.
Por isso mesmo, não podíamos deixar de publicar neste nosso espaço, um maravilhoso texto que encontramos num blog de antigos combatentes portugueses na Guiné, 
www.blogueforanadaevaotres.blogspot.com, que o homenageia nosso capitão dos veteranos, Paulo Santiago, personagem muito querida para todos nós e que é inclusive o actual Presidente da Assembleia Geral do Moita-Rugby Clube da Bairrada, onde também pertencemos.Foi escrito por um colega seu de armas e presta também uma homenagem interessante ao rugby, tendo em conta a época a que se refere (anos 70).
Paulo Santiago, o "Pai do Rugby em África"
Caricatura de: © Mário Migueis da Silva - Direitos reservados
 Ao contrário do que legitimamente pensaram, não vamos relatar a visita do Pai do Rugby a África, mas tão só, e com igual grau de legitimidade, dar a conhecer aos menos informados que o Pai do Rugby em África tem nome e é português. Chama-se Santiago - Paulo Santiago - e nasceu para os lados de Águeda, Aguada de Cima, onde ainda reside.
Frequentou a Escola Superior de Agronomia, em Coimbra, que testemunhou os seus primeiros ensaios e conversões. Mas eu, simples narrador da história, só uns anitos mais tarde o conheci, lá para os lados do Saltinho, na Guiné, onde então ondulava pavilhão português.
Estávamos em 1971, talvez meados. Tinha (ele, o alferes Santiago) chegado na véspera da metrópole, onde gozara férias – duvido que merecidas - na santa terrinha de deliciosos comes e bebes. Cruzámo-nos na parada, ele vindo do abrigo do célebre Pelotão de Nativos 53, que comandava com um orgulho maluco, e eu de um lado qualquer, de que me não lembro nem interessa ao caso.
- Que é isso, Santiago?!...
- É uma bola de rugby, que trouxe ontem da metrópole, - respondeu com um largo sorriso, exibindo-me a alva bola com cara de melão..
- De rugby?!...
- Pois… Logo à tarde vamos fazer o primeiro treino no campo de lançamento dos frescos.
Ah, granda maluco!..., pensei eu sem dizer nada, que o homem podia levar a mal.
Só no dia seguinte soube – eu, o narrador – do que se passara na clareira a norte do Saltinho, onde, à falta de colunas de reabastecimento, os Nord Atlas lançavam pára-quedas com frescos e coisas assim.
- Com pernas fracturadas foram só dois, mas há mais estropiados com cabeças rachadas e dentes partidos, entorses e luxações. Ui, meu furriel, a coxear eram mais que muitos!..., - contava-me, tim-tim por tim-tim, o Cruz das Transmissões.
É claro que os senhores comandantes dos pelotões da Companhia ficaram assaz furiosos com o extenso rol de baixas, tal como o pacato Alferes Médico da Unidade – o Dr. Faria, oriundo da cidade-berço, que Deus tenha! – com tantos trabalhos e canseiras, para além da razia verificada nos stocks de álcool, tinturas,
massagins, ligaduras e adesivos.
- Isto, assim, não pode ser, meu capitão!, - queixava-se alguém ao Comandante, que, não sendo homem de atitudes precipitadas, ouvia, ouvia, e ia registando tudo mentalmente, como poderia depreender-se dos seus ligeiros e concordantes acenares de cabeça.
- Ó Santiago!, - chamou o Capitão discretamente, à porta da messe, já no final do dia, antes do jantar.
- Sim, meu Capitão?... – respondeu prontamente o nosso herói, com um sorrisinho inocente.
O Capitão Clemente, com o seu olhar verde metalizado a brilhar por sobre aquela pêra de azeviche, varreu o Santiago de cima para baixo e, em seguida, de baixo para cima, enquanto tentava encontrar as palavras adequadas para lhe transmitir a mensagem que se impunha. Finalmente, chupou profundamente a ponta já nos iscos do indispensável
SG Ventil e, com aquela voz cavernosa como só a dele, sentenciou por entre uma baforada meia de alívio, meia de desalento:
- Vá-se f....!”

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nasceu o novo clube de veteranos do rugby da Moita, que funcionará como uma secção autónoma e independente do Moita-Rugby Clube da Bairrada.
A nossa  intenção é criar  uma organização forte, sólida e responsável, com identidade e imagem própria e  conseguir um grupo com união,  ter uma actividade  constante e fazer desse grupo um ponto de encontro social e de amizade.
Queremos promover várias actividades de cariz lúdico e de laser, envolvendo prática desportiva de rugby e não só, com o objectivo de juntar todos os antigos atletas, mesmo os que já não querem ou não podem praticar rugby e abrir espaço para cativar novos elementos que queiram juntar-se a nós e a esta nossa iniciativa. Mesmo que nunca tenhas pertencido e praticado rugby serás bem-vindo.
Contacta-nos, através deste nosso blog ou do telemóvel para continuares a receber as nossas informações e a seres convidado para todas as nossa iniciativas.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

VETERANOS DO RUGBY DA MOITA

ACTA Nº 1
No dia 15 de Outubro de 2010, pelas 21h30 realizou-se a primeira reunião de veteranos da rugby da Moita, promovida por um grupo de antigos atletas do clube.
A ideia desse grupo ía no sentido de que os veteranos do rugby da Moita, se organizasse definitivamente, deixando de ser um ocasional grupo de amigos, que se juntavam com alguma dificuldade para aceder a um convite para um torneio, ou para participar na actividade anual promovida pela direcção do clube.
Assim foi feita a convocatória a um significativo número de antigos atletas, (por falta de elementos de contacto para outros potenciais elementos mas que, num futuro próximo será efectuado) para a realização de uma reunião.
Estiveram presentes nesta primeira reunião um número interessante de veteranos, que excedeu mesmo as espectativas dos promotores:
Adriano Amorim; Antonio Barbosa; Antonio Luzio; Armando Lito; Carlos Dias; Joao Alegre; Joao Matos; Jorge Marcolino; Jose Carlos Almeida; José Carlos Pereira; José Carlos Martins; Lino Coelho; Manuel Neves; Manuel Santos; Marcelo Santos; Mario Coelho; Mario Rui; Miguel Verdinho; Paulo Miguel; Paulo Santiago; Pedro Alegre; Pedro Ribeiro; Rui Luzio; Tinho Coelho.
O veterano João Alegre começou por apresentar ao grupo as principais ideias que estiveram na base desta convocatória, sendo que a mais importante passava fundamentalmente por criar uma secção, autónoma e independente, de veteranos no clube de rugby da Moita.
A ideia era esse grupo passar a ter uma organização própria, com identidade própria (apesar da ligação ao clube) criando mesmo logotipo de identificação independente e adoptar um equipamento de jogo diferente e personalizado só para os veteranos.
Seria gerido anualmente por 2 ou 3 elementos, a nomear no inicio de cada época.
O João Alegre informou também os presentes de que tinha havido já um contacto prévio com a direcção do clube, numa das suas reuniões semanais e que a mesma tinha concordado,  sem qualquer tipo de objecções, com este novo projecto.
Informou também que, tendo em conta de que era necessário alguém tomar a iniciativa, este ano se prontificaram dois elementos para dar inicio ao projecto que seriam o João Alegre e o José Carlos, caso todos concordassem.
O José Carlos aproveitou para sugerir (como já tinha feito préviamente ao João Alegre) que seria melhor haver mais um elemento para facilitar neste ano de arranque, apresentando o nome do Antº Luzio, que estava já informado.
Nesta altura foi informado também pelo José Carlos, que a ideia era promover várias actividades de cariz lúdico e de lazer que iriam para além da prática simples de rugby, com o objectivo de juntar todos os antigos atletas, mesmo os que já não querem ou não podem praticar rugby.
Depois desta apresentação das intenções de base, entrou-se então no periodo da reunião própriamente dito, onde se apelava à participação de todos, com a ordem que naturalmente se exige para estas situações.
Começou-se com a presentação de 4 propostas para o futuro logotipo do clube, que um dos elementos (Zé Carlos Pereira)  tinha previamente preparado.
Por votação de braço no ar foi decidido adoptar um deles (nº 4) mas com algums alterações de cor e formato de letra. Ele ficou assim de o alterar para passar a ser usado no material de divulgação dos veteranos e nos seus equipamentos.
Foram apresentadas depois algumas sugestões para eventuais actividades a desenvolver pelo grupo durante a época, mas decidiu-se que os que tivessem ideias para esse efeito as apresentassem no mail dos veteranos  (préviamente criado), para se proceder ao planeamento definitivo das actividades para o ano 2010/2011.
Decidiu-se que até final de Novembro este planeamento ficaria pronto e seria então apresentado a todos.
Foi depois abordada a questão dos equipamentos de jogo para os veteranos e depois de algumas sugestões ficou decidido odoptar-se uma camisola com cor verde de base e com combinação da cor bordeaux nas mangas ou ombros. O Jose Carlos Pereira e o João Alegre ficaram em apresentar oportunamente uma ou mais propostas para análise e decisão. Ficou também decidido que os calções do equipamento seriam pretos.
Foi depois apresentado ao grupo, pelo José Carlos Almeida, o convite que lhe tinha sido formulado pela equipa de veteranos da Lousã, para um jogo que gostariam de realizar no seu campo e faziam questão que fosse feito com a equipa da Moita. Por ser o primeiro jogo que a equipa de veteranos da Lousã vai realizar no seu campo e porque fazia sentido ser com os veteranos da Moita já que os dois clubes nasceram no mesmo ano e tiveram um percurso de certa forma comum.
Questionado o grupo sobre esse convite, praticamente todos os elementos presentes concordaram em participar, comprometendo-se em ir no dia 30 de Outubro realizar esse jogo de amigos, ficando o José Carlos em saber mais pormenores e informar os restantes elementos com alguma antecedência.
Nesta reunião foi também abordada a questão do autofinanciamento da secção e surgiram algumas sugestões interessantes no grupo, que passavam pela criação de uma quota mensal simbólica (5€ por pessoa);  por pedido de pequenos patrocinios a empresas da região;  pela organização de eventos;  pela venda de material de quiosque relativo aos veteranos; etc....
Foi decidido que numa próxima reunião e à imagem do que se irá fazer para as actividades fisicas e de laser se irá também fazer o planeamento e tomar decisão sobre os potenciais fundos a angariar.
Foi também decidido criar-se um Blog especificamente para os veteranos, como forma de divulgação das suas actividades e para circulação de informação dirigida a todos os elementos do grupo.
Servirá também como janela informativa para o exterior, quer para outras equipas de veteranos quer para eventuais interessados neste nosso desporto e na nossa organização.
Relativamente aos treinos dos veteranos foi acordado que seriam às 6ª-feiras pelas 19h30/19h45 no campo de rugby e que o treinador/orientador seria o Manuel Santos o qual se prontificou em dinamizar o treino, que pode passar por outras soluções que não só o campo de jogos do clube.
Foram ainda abordados outros assuntos mais dispersos e de pouca relevância para figurarem nesta acta, mas importantes para a interacção das pessoas e coesão do grupo.
Por nada mais haver a acrescentar deu-se por encerrada a reunião às 23h30.

Moita, 15 de Outubro de 2010-10-20